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O que vem depois

quinta-feira, agosto 29, 2013 Unknown 0 Comentários


Uma das coisas que mais estremece o ser humano é a desvinculação repentina com algo ou alguém. O rompimento de relação. O encerrar do ciclo. Esse indivíduo, mesmo sabendo que todo início também tem um fim, não gosta de ter que aceitar o fato.

Podem ser devaneios de uma identidade interior que nunca existiu, pode ser aquele resto da pessoa que você realmente era ou que gostaria de continuar sendo, não importa, agora ele caminha por um corredor escuro sem saber o que vem depois. Mas há uma luz lá em frente. Ele sabe disso, tem medo, mas sabe.

Estive procurando diversas estradas. Todo santo dia. Acabo vagando por aí, sem rumo, achando que talvez na próxima curva descubra os porquês das coisas. Mas não é assim que funciona. Vejo todas as promessas, das quais já tinha tomado lição, se desmaterializarem à minha frente e voarem como a areia do deserto. Mas passo a compreender que mais difícil que aprender é colocar em prática.

Tudo em nossa vida é passageiro, tudo está predestinado a acabar. Algumas coisas duram mais do que outras, mas um dia acaba. Tento aceitar esse fato vivendo cada dia e cada momento sem pensar no amanhã. Não é fácil e nem sempre é possível fazer isso, mas tem que ir tentando. O jeito é procurar novos objetivos, mas não pra substituir um antigo e, sim, para descobrirmos novas coisas que nos agradem. Talvez nesse processo acabemos encontrando uma personalidade interior que achávamos ter sumido, um alguém que assumirá nossa vida e que já está mais próximo do que pensamos. É nessas pequenas coisas que temos que focar nosso tempo. E talvez, conforme for seguindo, essa forma de viver se torne um hábito.

Não sei a extensão desse corredor que caminhamos. Para alguns levam dias e, pra outros, meses. Sem nos apressar, tomemos nosso próprio tempo. Mas não podemos esperar sentados, temos que fazer algo a respeito. Não importa que demore desde que não estejamos parados. Não sei o que vem depois, mas, baseado nas vezes anteriores, o que veio foi muito melhor.
Do menino que avista o fim, lá longe, mas que tenta seguir em frente.
Eric Ventura

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