inspiração
Sobre se reinventar
Para
muitos, esse ano ficou conhecido como um ano nada fácil. Mesmo tendo
voado rápido para mim, sou um desses que teve a mesma sensação:
2015 foi um ano bem duro. Houve lágrimas, crises emocionais e
existenciais, preocupações familiares, estresse à flor da pele,
brigas, desolações, expectativas frustradas, entre muitas outras
coisas. Porém, uma força presente em mim nesses doze meses teve um
papel fundamental para que eu triunfasse em cada momento delicado em
que vivi: a esperança.
Sempre
fui uma pessoa positiva, que sempre procurou uma luz no fim do túnel,
mas posso dizer que nesse ano eu me superei. A fé e a crença de que
tudo daria certo ou que pelo menos o resultado fosse o melhor
possível, foram além do que eu estava acostumado. Entretanto, isso
não aconteceu de uma hora para a outra e há uma lógica por trás
disso.
Quem
acompanha o Um Menino Caminha há algum tempo já deve ter percebido
que o blog não se trata apenas de viagem. Na verdade, é muito mais
que isso. A própria descrição da fanpage entrega o real
significado: “sobre a melhor viagem que embarcamos: a nossa própria
vida”. E foi viajando por aí – um hiato que deu
uma relevância maior no meu dia a dia dali em diante –
nessa grande jornada que aprendi uma lição valiosa e que mudaria o
meu rumo para sempre: recomeçar é tão bom quanto começar.
Pense
bem. Iniciar algo do zero, sem ter muita experiência sobre o
assunto, é algo sofrível. Prazeroso, mas sofrível. As falhas
sempre batem à porta. Realizar as tarefas com maestria exigem muito
da gente e nem sempre são garantidas. Após um tempo adquirindo
conhecimento e aprendendo os macetes é que sentimos a confiança de
que dominamos aquilo que estamos tratando. Contudo, isso também não
significa que estamos isentos de falhar. Assim, ao ter que juntar os
cacos depois de uma potencial grande queda, retomar o trabalho
inicial já não é tão ruim. Vamos descobrindo aos poucos que
nossas pernas vão se fortalecendo enquanto caminhamos. E, havendo
novas decaídas no futuro, o baque é menor e o novo recomeço é
mais triunfal.
Nós
temos tanto medo do incerto e da mudança que isso acaba nos cegando
para os benefícios que eles nos proporcionam. A dor causada pelo fracasso
realmente tem um gosto amargo, mas é através dos infortúnios que
temos a chance de crescer. Não temos o controle de tudo, mas podemos
fazer algo a respeito. Precisamos agir e acreditar verdadeiramente
naquilo que é melhor pra gente. Caso não saia como o esperado,
temos que nos reinventar conforme o resultado. O que acontecer depois
disso pode ser melhor do que o planejado.
Esse
ano foi duro, mas eu sou mais duro ainda. De tanto cair, descobri que
sou bom o bastante para tentar novamente. Abandonei um emprego, uma
profissão dos sonhos de alguém que ficou lá pra trás, no passado,
para poder viver um outro velho sonho o qual sempre foi mais importe
pra mim. Me dedicar à escrita de corpo e alma não é um pedido de
ano novo, já é uma realidade, uma necessidade para eu ser mais
feliz. E eu me devo isso.
Do
menino que te deseja um "feliz recomeço novo".
– Eric
Ventura
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMe lembrou uma música da banda 5 a seco "faça desse drama"
ResponderExcluir"Faça disso a hora de recomeçar, para conviver com a dor, para a dor também saber passar. Se já passou? Dê um sorriso a cara e vá embora!"
Tenho, até hoje visto o recomeço como algo cansativo. Bóra mudar!
Parabéns pelos textos!