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Aqueles que não foram realizados

quinta-feira, dezembro 05, 2013 Unknown 1 Comentários


Nunca fui muito fã desse negócio de correr desesperadamente pra fazer tudo em dezembro o que não foi feito no decorrer do ano. Sempre achei que devemos fazer isso durante o ano todo. Se não fez, meu filho, esqueça. Mas realmente a gente para pra analisar e vemos quanto tempo perdemos com besteiras nesses 365 dias. Dias esses que acabamos não vivendo pra nós mesmos.
Devo respeitar esse inventor de separar em conjuntos os dias, meses e anos. Esse cara sabia exatamente como é o ser humano. Vivemos não o hoje, mas sim o amanhã. Pra nós, sempre o futuro será mais bonito do que o presente. E não é pra menos, é lá que habitam nossos sonhos, o mistério, o inalcançável. E infelizmente somos assim, o que não podemos ter é o que achamos ser o melhor pra gente.
Para crescer é necessário mudar. Para mudar, é preciso ter coragem. E para se ter coragem, é preciso sonhar. Deixar o passado pra trás só é difícil se não crermos que o futuro pode ser ainda melhor. Assim, o hoje é nossa melhor oportunidade.
Uma amiga me ensinou uma vez sobre resolver nossas pendências antes que o ano acabe. Não levar esses problemas para o próximo. O que incomoda tem que ficar no velho, precisa ser deixado.
Com esse raciocínio, nos restam poucos dias para cumprirmos nossos desejos do último ano novo. Sem pular ondinhas, sem fazer pedidos sob os fogos à meia noite. A hora agora é de por tudo em prática, sem pestanejar. Dar um último beijo. Dar um primeiro beijo. Abrir caminho à novos amores. Fazer as pazes com seu melhor amigo. Reforçar os laços familiares. Fazer uma última viagem. Botar aquela porra de projeto engavetado pra funcionar. E aquele maldito regime então?
Temos poucos dias, não há tempo para esperar começar só na segunda. Que esse apetite, essa vontade de viver intensamente, permaneça todo o ano que vem. Façamos repúdio à esses velhos hábitos, eles não nos representam. E que no próximo fim de ano, em vez de pensar em mudar, só pensemos em manter o foco.
Do menino, que está correndo porque acha que dezembro não é suficiente.
– Eric Ventura

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