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Pela fé que ainda me resta

terça-feira, janeiro 20, 2015 Unknown 1 Comentários


Se tem algo que me entristece profundamente é a morte prematura de alguém. Pior ainda se é alguém do bem. Mais ainda quando é um jovem que tem muito pela frente, que tem tudo pra fazer história. Hoje foi um dos dias em que fiquei assim.
Ricardo dos Santos era um surfista de 24 anos. Amigo do atual campeão do mundo, Gabriel Medina, Ricardinho, como era conhecido, estava numa fase promissora, que ainda iria se destacar muito mais pelo seu talento, já o tendo feito derrotando o mais famoso surfista do mundo, Kelly Slater.
Me aborrece o fato de um policial ser o responsável pela morte do rapaz. Alguém que era para servir de proteção, e não o contrário. E que o fez intencionalmente. Isso me faz entrar em questionamento a respeito de muitas coisas, principalmente sobre nosso futuro. Sou do tipo de pessoa que acredita na utopia de um mundo melhor, mas cada vez mais fica difícil de manter essa crença. Não é um babaca assassino desses que vai me fazer parar de acreditar, mas o fato é que casos como esse mexem comigo e, graças a Deus, não só pra mim. Mas são dos tipos de coisas que me fazem refletir sobre a vida e como existem pessoas que a tiram dos outros por nada.
O que me consola é que alguns desses casos ganham grande repercussão, chocando todo o país e o mundo. São mortes que devem ser lembradas, devem virar exemplo e inspiração. Ainda tenho esperança no mundo, no Brasil. Precisamos de mais garotos do bem, como o Ricardo, mas precisamos deles vivos. O mesmo reivindicava sobre os bandidos que estavam dominando a cidade onde morava, que não tinham respeito pela vida, pelo ser humano e que atiravam em qualquer um que os ameaçasse. E foi um desses que o levou daqui.
Meus sentimentos aos familiares e amigos do Ricardo, não deve estar sendo fácil presenciar uma injustiça dessa. Espero que com o tempo, o mais rápido que puder, o coração de vocês possam ser confortados. Pela fé que ainda me resta, quero acreditar que a morte dele – infelizmente, como a de vários outros – não será em vão, que haverá justiça e que, de alguma forma, ele influenciará coisas boas para as pessoas e em pró de nosso país. Eu acredito.
Do menino, que faz parte dos que não desistem de um mundo melhor.
– Eric Ventura

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